quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sim, A Vida Não é um Poema


Sim; tens toda a razão. A vida não é um poema, não vivemos num poema; porque tudo é mais complexo que a rima ou a métrica existente, ou não, nos versos que se escreve. A dor que se representa num poema, não é a mesma que pulsa no peito, e o amor que se escreve, não chega a ter as proporções que tem o amor que se vive. Num poema o sabor das coisas surge em jeito de palavras, na vida real, surge em jeito de momentos - vivências que acontecem e nos marcam de forma doce ou amarga, até ao fundo daquilo que somos.
E enquanto houverem palavras, vão haver prosas e poemas, versos com métricas e rimas, ou mesmo versos soltos, sem qualquer rima, sem qualquer métrica; mas enquanto houver amor, eu não sei se haverá tempo para saber vivê-lo, senti-lo, estimá-lo – em resumo: saber amar.

A vida não cabe num poema; mas a delicadeza do que se sente, cabe numa palavra, num gesto e até quem sabe numa pequena flor, não perdendo por isso, já mais, toda a sua verdade, força e importância.
É que a grandeza de palavras, de gestos e de sentir, cabe de forma plena em toda a pequenez da mais ínfima coisa.

A palavra amor é tão pequena, e da nome a algo tão grande.
O sentimento amor é tão imenso, e cabe dentro do mais pequeno coração.


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